Categoria -Depressão

 

A depressão pode ser classificada como orgânica ou psicogênica, tendo suas causas por transtornos psíquicos ou traumas emocionais. 

 

Nos fatores orgânicos, algumas causas físicas são a falta de substâncias químicas que afetam os neurotransmissores como serotonina, noradrenalina e dopamina. 

 

Alguns sintomas: 

Alteração específica de humor, tristeza, apatia, solidão, pessimismo, autocrítica, autoconceito negativo associados a autorrecriminação, desejos regressivos, autopunição, desejo de fugir, esconder ou morrer, alteração no apetite, anorexia, insônia e perda da libido; alterações no nível de atividades: retardo (falta de vontade de fazer as coisas); agitação (excesso de atividades), constipação, falta de concentração, pensamento lento ou ansiedade; taquicardia, calores, dispneia, fraquezas, dores de cabeça, tontura, frio, dormência nas extremidades do corpo, pensamentos suicidas, choro, irritabilidade, medo de perder o controle e em alguns casos delírios. 

 

Alguns pensamentos ou sentimentos: 

 

  • A pessoa fica desesperançosa, não se importa com o que acontece com ela.

 

  • A vida não tem mais sentido, não consegue lembrar nada, não consegue ficar sozinha, fica exausta facilmente, não consegue realizar os trabalhos, não se sente forte, sente dores por toda parte do corpo.

 

  • Perda da satisfação: começa com algumas atividades, na medida que a doença evolui se difunde para tudo o que a pessoa faz, mesmo as atividades que são associadas às necessidades ou impulsos biológicos como comer ou ter atividade sexual.

 

  • Perda de satisfação em vivências psicossociais como amizades, receber expressão de amor ou mesmo conversar e sair de casa. Inicialmente a perda da satisfação envolve responsabilidade ou obrigação, tais como as envolvidas no papel do trabalhador e estudante, que muitas vezes é compensada pelo aumento das atividades recreativas.

 

A depressão é caracterizada por três tipos: 

 

  • Leve: o paciente se queixa de que a vida perdeu a alegria, não sente mais estímulos ou prazer de estar com a família ou amigos ou no trabalho. Possui mais satisfação em atividades passivas que envolve recreação, relaxamento e repouso. Conseguem sair buscando emoções nas atividades que davam prazer antes, como por exemplo, ler um livro ou assistir televisão.

 

  • Moderada: o paciente se sente entediado a maior parte do tempo, tentam usufruir de atividades que antes davam prazer, mas agora não tem graça. Alguns pacientes conseguem alívio temporário como férias.

 

  • Grave: o paciente não obtém prazer com atividades que antes consideravam agradáveis e chegam a ter aversão por atividades que gostavam. A aprovação popular ou expressões de amor ou amizade já não trazem qualquer satisfação. Se queixa que nada o satisfaz e tem perda de envolvimento emocional, de afeição pelos familiares e autoestima baixa.

  

Como e quando procurar ajuda? 

 

Nos casos de leve ou moderada, a pessoa consegue uma considerável melhora se ela aprender a trabalhar seus pensamentos, procurar prazer nas mínimas coisas, ser grata, fazer exercícios, meditação, orações, ou seja, quaisquer atividades que geram prazer ou contentamento. Buscar a autovalorização, conversar e buscar companhia agradáveis e alegres também são atitudes que podem melhorar o quadro.

 

Porém, se persistir ou se estiver em estado grave é necessário buscar ajuda profissional. Neste caso, o amor, a compreensão, a não neglicência dos sintomas por parte da família contribui para a melhoria do paciente e em alguns casos, pode até levar a cura. 

 

Fontes: Livro “Mentes depressivas e transtorno depressivo”, de Aaron Beck. 
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